«Hoje, a arca santa e viva do Deus vivo,
[S. João Damasceno, «Segunda homilia sobre a Dormição».
aquela cujo seio tinha trazido o seu próprio Criador,
repousa no templo do Senhor,
templo não construído pela mão do homem.
David, seu antepassado e parente de Deus,
dança de alegria (2 Sm 7,14);
os anjos dançam em coro, os arcanjos aplaudem
e as potestades dos céus cantam a sua glória…»

A última grande festa do ano litúrgico bizantino (que termina no dia 31 de agosto) é Mariana: Dormição da Santíssima Mãe de Deus (Theotokos), Kóimesis no grego e Uspénie no eslavo eclesiástico, palavras que aludem justamente ao ato de dormir. E a tradicional representação iconográfica de 15 de agosto mostra a Virgem estendida no leito de morte, rodeada para o último sono pelos apóstolos, vindos prodigiosamente dos lugares onde pregavam o evangelho, tendo ao centro Jesus Cristo que acolhe a sua alma, representada como uma menina envolta em faixas e por ele sustentada. A partir do dia 1º de agosto, o Oriente bizantino prepara-se para a festa com um jejum (do qual também fala São Teodoro Estudita, morto no ano 826) e, dado que, além da pré-festa do dia 14 de agosto, os textos litúrgicos falam do trânsito de Maria Santíssima ao céu até o dia 23 de agosto, pode-se afirmar que este é o mês mariano dos fiéis ortodoxos.
Veja AQUI todo Suplemento Litúrgico para este Domingo.
Leituras bíblicas:
— Mat.: Lc 1: 39-49, 56;
— Ep.: Fp 2: 5-11;
— Ev.: Lc 10: 38-42, 11: 27-28.