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10 de julho: «4º Domingo do Evangelho de São Mateus»

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10 de julho: «4º Domingo do Evangelho de São Mateus»

6 de julho de 2022 | By ecclesia
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O «4º Domingo de São Mateus» (4º depois de Pentecostes - Modo 3º)

Comemoração dos Santos Quarenta e cinco Mártires de Nicópolis na Armênia († 319); Gregório, bispo de Assa; Dez mil Padres martirizados no Egito; Apolônio, mártir; Antônio das grutas de Kiev, monge; Deposição do Precioso Manto de Jesus Cristo em Moscou; Parthenios e Eumenios de Koudoumas.

No Orthros (Matinas):

Evangelho (Eoth. 4)

Santo Evangelho segundo o Evangelista São LUCAS (24: 1-12).

aquele tempo, no primeiro dia da semana, muito cedo ainda, elas foram ao sepulcro, levando os aromas que tinham preparado. Encontraram a pedra do túmulo removida, mas, ao entrar, não encontraram o corpo do Senhor Jesus. E aconteceu que, estando perplexas com isso, dois homens se postaram diante delas, com veste fulgurante. Cheias de medo, inclinaram o rosto para o chão; eles, porém, disseram: «Por que procurais entre os mortos Aquele que vive? Ele não está aqui; ressuscitou. Lembrai-vos de como vos falou, quando ainda estava na Galileia: ‘É preciso que o Filho do Homem seja entregue às mãos dos pecadores, seja crucificado, e ressuscite ao terceiro dia’». E elas se lembraram de suas palavras. Ao voltarem do túmulo, anunciaram tudo isso aos Onze, bem como a todos os outros. Eram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago. As outras mulheres que estavam com elas disseram-no também aos apóstolos; essas palavras, porém, lhes pareceram desvario, e não lhes deram crédito. Pedro, contudo, levantou-se e correu ao túmulo. Inclinando-se, porém, viu apenas os lençóis. E voltou para casa, muito surpreso com o que acontecera.

Na Divina Liturgia:

Primeira Antífona (Modo 2º)

Vers. 1: Bendize, ó minha alma, ao Senhor e todo o meu ser bendiga o seu santo nome.!
Vers. 2: Bendize, ó minha alma, ao Senhor e não esqueças nenhum de seus benefícios!
Vers. 3: O Senhor firmou no céu o seu trono e sua realeza governa o universo.
Glória… Agora e sempre….

Στίχ. α´. Εὐλόγει ἡ ψυχή μου, τὸν Κύριον, καὶ πάντα τὰ ἐντός μου τὸ ὄνομα τὸ ἅγιον αὐτοῦ.
Στίχ. β’. Εὐλόγει, ἡ ψυχή μου, τὸν Κύριον, καὶ μὴ ἐπιλανθάνου πάσας τὰς ἀνταποδόσεις αὐτοῦ.
Στίχ. γ’. Κύριος ἐν τῷ οὐρανῷ ἡτοίμασε τὸν θρόνον αὐτοῦ, καὶ ἡ βασιλεία αὐτοῦ πάντων δεσπόζει.
Δόξα Πατρὶ… Καὶ νῦν…

Segunda Antífona (mesmo modo)

Vers. 1: Louva, ó minha alma, o Senhor! Louvarei o Senhor enquanto eu viver; cantarei louvores a meu Deus enquanto eu existir.
Vers. 2: Bem-aventurado o que tem por protetor o Deus de Jacó, que põe sua esperança no Senhor, seu Deus.
Vers. 3: O Senhor reinará eternamente; ele é teu Deus, ó Sião, de geração em geração!
Glória… Agora e sempre…
Ó Filho Unigênito e Verbo de Deus…

Στίχ. α´. Αἴνει, ἡ ψυχή μου, τὸν Κύριον αἰνέσω Κύριον ἐν τῇ ζωῇ μου ψαλῶ τῷ Θεῷ μου ἕως ὑπάρχω.
Στίχ. β´. Μακάριος, οὗ ὁ Θεὸς Ἰακὼβ βοηθὸς αὐτοῦ, ἡ ἐλπὶς αὐτοῦ ἐπὶ Κύριον τὸν Θεὸν αὐτοῦ.
Στίχ. γ´. Βασιλεύσει Κύριος εἰς τὸν αἰῶνα, ὁ Θεός σου, Σιών, εἰς γενεὰν καὶ γενεάν.
Δόξα Πατρὶ… Καὶ νῦν…
Ὁ μονογενὴς Υἱὸς καὶ Λόγος τοῦ Θεοῦ…

Terceira Antífona

Vers. 1: Este é o dia que o Senhor fez, exultemos e alegremo-nos n’Ele!

Στίχ. Αὕτη ἡ ἡμέρα Κυρίου, ἀγαλλιασώμεθα καὶ εὐφρανθῶμεν ἐν αὐτῇ.

Apolitíkion da Ressurreição (Modo 3º)

Rejubilem-se os céus e alegre-se a terra, pois o Senhor manifestou a força de seu braço; com sua morte venceu a morte, e tornou-se o primogênito dos mortos; libertou-nos das entranhas dos infernos, revelando ao mundo a grande misericórdia!

Ευφραινέσθω τα ουράνια, αγαλλιάσθω τα επίγεια, ότι εποίησε κράτος, εν βραχίονι αυτού, ο Κύριος, επάτησε τω θανάτω τον θάνατον πρωτότοκος των νεκρών εγένετο, εκ κοιλίας άδου ερρύσατο ημάς, και παρέσχε τω κόσμω το μέγα έλεος.

Kondakion (Modo 2º)

Ó Admirável e Protetora dos cristãos e nossa Medianeira do Criador, não desprezes as súplicas de nenhum de nós pecadores; mas, apressa-te em auxiliar-nos como Mãe bondosa que és, pois te invocamos com fé: roga por nós junto de Deus, tu que defendes sempre aqueles que te veneram.

Προστασία τῶν Χριστιανῶν ἀκαταίσχυντε, μεσιτεία πρὸς τὸν Ποιητὴν ἀμετάθετε, Μὴ παρίδῃς ἁμαρτωλῶν δεήσεων φωνάς, ἀλλὰ πρόφθασον, ὡς ἀγαθή, εἰς τὴν βοήθειαν ἡμῶν, τῶν πιστῶς κραυγαζόντων σοι. Τάχυνον εἰς πρεσβείαν, καὶ σπεῦσον εἰς ἱκεσίαν, ἡ προστατεύουσα ἀεί, Θεοτόκε, τῶν τιμώντων σε.

Prokímenon (Modo 3º)

Refrão: Cantai salmos ao nosso Deus, cantai! Cantai salmos ao nosso Rei!
Vers.: Povos todos batei palmas! Aclamai a Deus com vozes alegres.

Ψάλατε τῷ Θεῷ ἡμῶν, ψάλατε, ψάλατε τῷ βασιλεῖ ἡμῶν, ψάλατε.
Στίχ. Πάντα τὰ ἔθνη κροτήσατε χεῖρας. Ἀλαλάξατε τῷ Θεῷ ἐν φωνῇ ἀγαλλιάσεως.

Epístola (Apóstolos)

Epístola do Apóstolo São Paulo aos ROMANOS (6: 18-23).

Irmãos, 18livres do pecado, vos tornastes servos da justiça. 19Emprego uma linguagem humana, em consideração de vossa fragilidade. Como outrora entregastes vossos membros à escravidão da impureza e da desordem para viver desregradamente, assim entregai agora vossos membros a serviço da justiça para a santificação. 20Quando éreis escravos do pecado, estáveis livres em relação à justiça. 21E que fruto colhestes então daquelas coisas de que agora vos envergonhais? Pois seu desfecho é a morte. 22Mas agora, libertos do pecado e postos a serviço de Deus, tendes vosso fruto para a santificação e, como desfecho, a vida eterna. 23Porque o salário do pecado é a morte, e a graça de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor.

Aleluia (Modo 3º)

Vers. 1: Junto de Ti, Senhor, me refugiei; não seja eu confundido para sempre, por tua justiça, livra-me!
Vers. 1: Sê para mim um Deus protetor e uma casa de refúgio que me abrigue.

Στίχ. αʹ. Ἐπὶ σοί, Κύριε, ἤλπισα, μὴ καταισχυνθείην εἰς τὸν αἰῶνα· ἐν τῇ δικαιοσύνῃ σου ῥῦσαί με καὶ ἐξελοῦ με.
Στίχ. βʹ. Γενοῦ μοι εἰς Θεὸν ὑπερασπιστὴν καὶ εἰς οἶκον καταφυγῆς τοῦ σῶσαί με.

Evangelho

Santo Evangelho segundo o Evangelista São MATEUS (8: 5-13).

aquele tempo, 5ao entrar em Cafarnaum, chegou-se a ele (Jesus) um centurião que lhe implorava e dizia: 6«Senhor, o meu criado está deitado em casa paralítico, sofrendo dores atrozes». 7Jesus lhe disse: «Eu irei curá-lo». 8Mas o centurião respondeu-lhe: «Senhor, não sou digno de receber-te sob o meu teto; basta que digas uma palavra e o meu criado ficará são. 9Com efeito, também eu estou debaixo de ordens e tenho soldados sob o meu comando, e quando digo a um ‘Vai!’, ele vai, e a outro ‘Vem!’, ele vem; e quando digo ao meu servo: ‘Faze isto’, ele o faz». 10Ouvindo isso, Jesus ficou admirado e disse aos que o seguiam: «Em verdade vos digo que, em Israel, não achei ninguém que tivesse tal fé. 11Mas eu vos digo que virão muitos do Oriente e do Ocidente e se assentarão à mesa no Reino dos Céus, com Abraão, Isaac e Jacó, 12enquanto os filhos do Reino serão postos para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes». 13Em seguida, disse ao centurião: «Vai! Como creste, assim te seja feito!» Naquela mesma hora o criado ficou são.

Kinonikón

Louvai o Senhor nos céus | louvai-O nas alturas! Aleluia!

Αἰνεῖτε τὸν Κύριον ἐκ τῶν οὐρανῶν. Ἀλληλούϊα.

SUBSÍDIOS HOMILÉTICOS

Pe. Pavlos, Hieromonge

«A Cura do Servo do Centurião»

enturião era um oficial do exército romano que comandava uma legião de cem soldados, formando com ele uma pequena base militar em locais estratégicos para assegurar a ordem e bom andamento do Império. Vale notar que todos os centuriões mencionados nos Evangelhos e no Livro dos Atos dos Apóstolos eram pessoas de boa índole, que se comoviam diante das necessidades e dos flagelos. Por exemplo: o Centurião que comandava os soldados que crucificaram Jesus reconheceu e confessou que Ele era o Filho de Deus (Mt 27,57) e inocente das acusações que lhe eram atribuídas. (Lc 23, 47).

O Evangelho desta semana nos mostra justamente este lado humano daqueles que a princípio eram vistos como frios soldados a serviço de um império que massacrava. Mateus e Lucas narram este episódio.

A cura do criado do Centurião romano que pede a Jesus por ele, verifica que podemos e devemos rezar por nossos irmãos e não somente por nossas próprias necessidades. São Teófilo de Antioquia um dos primeiros célebres da Patrística (II século), enaltece o coração daqueles que sentem que o seu próximo está necessitado de ajuda espiritual.

Segundo o relato admirável de Lucas, um Centurião romano tinha enfermo de morte um criado a quem estimava muito. Ao ouvir falar de Jesus, enviou-lhe servos, pedindo-lhe que fosse curar o seu criado. Os enviados foram até o Senhor. Quando este já estava se aproximando da casa, envia uma segunda delegação por meio de uns amigos:

«Senhor, não precisas incomodar-te, porque eu não sou digno de que entres em minha casa; por isso também não me julguei digno de ir ter contigo; mas dize uma só palavra e o meu criado será salvo».

Se vale de um argumento de acordo com sua psicologia militar:

[…] pois até eu que sou um subalterno tenho soldados à minha disposição e digo a um: vá, e ele vai; e a outro: venha, e ele vem; e, ao meu empregado: faça isso, e ele faz».

Ao ouvir isto, Jesus se admirou dele e, voltando-se para a gente que o seguia, disse: «nem em Israel encontrei tanta fé». Ao voltar para casa os enviados encontraram o criado são. Embora nenhum dos dois interlocutores do colóquio à distância, – Jesus e o Centurião – se conhecesse um ao outro, há, não obstante, um diálogo muito próximo, porque a fé do suplicante e a palavra eficaz de Jesus encurtam o espaço físico. O Centurião romano admira a pessoa e o poder sobrenatural de Jesus, e o Senhor por sua vez faz elogios à sua fé. Grande maturidade humana em ambas as personalidades, pois uma das qualidades que engrandecem uma pessoa é sua capacidade de reconhecer os gestos nobres dos outros, demonstrando assim sensibilidade para apreciar os valores.

O Evangelista São Mateus relata que o próprio Centurião foi ao encontro do Senhor. Embora haja diferenças na narrativa, os escritores sagrados concordam em ressaltar a fé do Centurião que fez o Senhor proferir palavras de admiração. Sem duvidas um grande elogio, mas também uma triste constatação. E um alerta para todos nós!

Para o Centurião não era necessário que o Senhor fosse à sua casa, bastava uma palavra sua. Nós muitas vezes não confiamos desta maneira exemplar na Providencia. Somos mais exigentes e tal exigência revela nossa “pouca fé”. É preciso ser humildes para pedir e grandes no confiar.

O centurião de Cafarnaúm é modelo de ambas as virtudes. Todos os grandes cristãos da história foram profundamente humildes diante de Deus e dos homens, embora fossem grandes personalidades, grandes sábios ou grandes santos. De fato, são duas virtudes que vão unidas. Aquele que crê em Deus santo e misericordioso, quando se vê a si mesmo pecador e mesquinho, não pode exclamar senão com sinceridade: “Senhor, eu não sou digno!” Assim rezava também o Publicano da parábola: “Tem compaixão de mim”. Ele mereceu o favor de Deus, pois seu amor e salvação são sempre gratuitos e não se devem a nossos méritos. O fato de pedir pelo outro mostra a grandeza do coração humilde.

Na Divina Liturgia de São João Crisóstomo os momentos de súplicas são recorrentes, pontuando seu desenvolvimento, do início ao final. Uns em favor dos outros, desde aqueles que ocupam cargos mais elevados aos mais humildes dos servos, não excetuando as almas dos falecidos para quem sempre devemos pedir o descanso eterno.

Elevemos, então nossos corações aos Céus e, com humildade, não nos cansemos de repetir com os mais piedosos e santos monges de todos os tempos:

Kyrie eleison! Kyrie eleison! Kyrie eleison!

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

  • BÍBLIA – Bíblia de Jerusalém (Nona Edição Revista e Ampliada). São Paulo: Paulus, 2013.
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