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18 de setembro: «Domingo Após a Santa Cruz»

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18 de setembro: «Domingo Após a Santa Cruz»

18 de setembro de 2022 | By ecclesia
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Domingo Após a Festa da Exaltação da Santa, Venerável e Vivificante Cruz (14º depois de Pentecostes - Modo Pl. 1°)

Comemoração dos Ss. Eumênios, o Milagroso, bispo de Gortina (séc. II ou III); Ariadne, a mártir.

No Orthros (Matinas):

Evangelho (Eoth. 2)

Santo Evangelho segundo o Evangelista São MARCOS [16: 9-20].

aquele tempo, 9tendo ressuscitado na madrugada do primeiro dia da semana, Ele apareceu primeiro a Maria Madalena, de quem havia expulsado sete demônios. 10Ela foi anunciá-lo àqueles que tinham estado em companhia dele e que estavam aflitos e choravam. 11Eles, ouvindo que Ele estava vivo e que fora visto por ela, não creram. 12Depois disso, Ele se manifestou de outras formas a dois deles, enquanto caminhavam para o campo. 13Eles foram anunciar aos restantes, mas nem nestes creram. 14Finalmente, Ele se manifestou aos Onze, quando estavam à mesa, e censurou-lhes a incredulidade e a dureza de coração, porque não haviam dado credito aos que o tinham visto ressuscitado. 15E disse-lhes: “Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura. 16Aquele que crer e for batizado será salvo; o que não crer será condenado. 17Estes sãos os sinais que acompanharam aos que tiverem crido: em Meu Nome expulsarão demônios, falarão em novas línguas, 18pegarão em serpentes, e se beberem algum, veneno mortífero, nada sofrerão; imporão as mãos sobre os enfermos, e estes ficarão curados”. 19Ora, o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi arrebatado ao céu e sentou-se à direita de Deus.20E eles saíram a pregar por toda parte, agindo com eles o Senhor, e confirmando a Palavra por meio dos sinais que a acompanhavam.

Na Divina Liturgia:

Primeira Antífona

Vers. 1: Meu Deus, meu Deus, responda-me; por que me abandonaste?
Vers. 2: Longe de minha salvação a voz dos meus rugidos!
Vers. 3: Meu Deus, de dia eu clamo a Ti, e não me respondes!
Vers. 4: Mas Tu és o Santo que habitas nos louvores de Israel!
Glória… Agora e sempre….

Στίχ. α´. Στίχ. α´. Στίχος α’. Ὁ Θεός, ὁ Θεός μου πρόσχες μοι, ἵνα τὶ ἐγκατέλιπές με;
Στίχ. β’. Mακρὰν ἀπὸ τῆς σωτηρίας μου οἱ λόγοι τῶν παραπτωμάτων μου.
Στίχ. γ’. Ὁ Θεός μου κεκράξομαι ἡμέρας, καὶ οὐκ εἰσακούσῃ.
Στίχ. δ’. Σὺ δὲ ἐν Ἁγίῳ κατοικεῖς, ὁ ἔπαινος τοῦ Ἰσραήλ.
Δόξα πατρὶ…Καὶ νῦν.

Segunda Antífona

Vers. 1: Vers. 1: Por que nos rejeitas, ó Deus, para sempre?
Vers. 2: Recorda-te de tua assembleia que adquiriste desde a origem.
Vers. 3: Deste Monte Sião em que habitas.
Vers. 4: Deus é nosso Rei desde o princípio, autor da salvação no meio da terra.
Glória… Agora e sempre… Ó Filho Unigênito…

Στίχ. α´. Στίχος α’. Ἳνα τὶ, ὁ Θεὸς, ἀπώσω εἰς τέλος;
Στίχ. β’. Mνήσθητι τῆς συναγωγῆς σου, ἧς ἐκτήσω ἀπ’ ἀρχῆς.
Στίχ. γ’. Ὄρος Σιὼν τοῦτο, ὃ κατεσκήνωσας ἐν αὐτῷ.
Στίχ. δ’. Ὁ δὲ Θεὸς Βασιλεὺς ἡμῶν πρὸ αἰώνων εἰργάσατο σωτηρίαν ἐν μέσῳ τῆς γῆς.
Δόξα Πατρὶ… Καὶ νῦν… Ὁ μονογενὴς…

Terceira Antífona

Vers. 1: O Senhor reina, tremam os povos!

Στίχ. α´. Ὁ Κύριος ἐβασίλευσεν, ὀργιζέσθωσαν λαοί.

Apolitíkion da Festa (Modo 4º)

Salva, Senhor, o teu povo e abençoa a tua herança. Concede à tua Igreja a vitória sobre o mal e guarda o teu rebanho pela tua Cruz.

Σῶσον, Κύριε, τὸν λαόν σου, καὶ εὐλόγησον τὴν κληρονομίαν σου, νίκας τοῖς βασιλεῦσι κατὰ βαρβάρων δωρούμενος, καὶ τὸ σὸν φυλάττων, διὰ τοῦ Σταυροῦ σου πολίτευμα.

E segue, alternando com o Apolitíkion da Festa.

Vers. 2: Grande é o Senhor em Sião.
Vers. 3: Exaltem teu grande e venerável nome!

Στίχ. β’. Κύριος ἐν Σιών μέγας καί ὑψηλός ἐστι.
Στίχ. γ’. Ἐξομολογησάσθωσαν τῷ ὀνόματί σου τῷ μεγάλῳ.

Issodikón (Modo 2°)

Exaltai ao Senhor, nosso Deus e prostrai-vos ante o escabelo de seus pés porque Ele é Santo. Salva-nos, ó Filho de Deus, Tu que foste crucificado na carne…

…a nós, que a Ti cantamos: aleluia!

Ὑψοῦτε Κύριον τὸν Θεὸν ἡμῶν, καὶ προσκυνεῖτε τῷ ὑποποδίῳ τῶν ποδῶν αὐτοῦ, ὅτι ἅγιος ἐστι. Σῶσον ἡμᾶς Υἱὲ Θεοῦ, ὁ σαρκὶ σταυρωθείς,…

…ψάλλοντάς σοι, Ἀλληλούϊα.

Apolitíkion da Ressurreição (Modo Pl. 1º)

Glorifiquemos, fiéis, e adoremos o Verbo divino, eterno com o Pai e o Espírito Santo, nascido da Virgem para a nossa salvação; pois, em sua carne, deixou-se suspender na cruz, padecer a morte e ressuscitar dos mortos, pela sua gloriosa ressurreição.

Τον συνάναρχον Λόγον Πατρί και Πνεύματι, τον εκ παρθένου τεχθέντα εις σωτηρίαν ημών, ανυμνήσωμεν πιστοί και προσκυνήσωμεν ότι ηυδόκησε σαρκί, ανελθείν εν τω Σταυρώ, και θάνατον υπομείναι, και εγείραι τους τεθνεώτας, εν τη ενδόξω αναστάσει αυτού.

Kondákion (Modo 4º)

Tu, ó Cristo Deus, que voluntariamente, foste erguido na Cruz, tem compaixão do povo que traz o teu Nome. Alegra, pelo teu poder, a tua santa Igreja, e concede-lhe a vitória sobre o mal. Que tua aliança seja para nós uma arma de paz e um troféu de vitória!

Ὁ ὑψωθεὶς ἐν τῷ Σταυρῷ ἑκουσίως, τῇ ἐπωνύμῳ σου καινῇ πολιτείᾳ, τοὺς οἰκτιρμούς σου δώρησαι, Χριστὲ ὁ Θεός. Εὔφρανον ἐν τῇ δυνάμει σου, τοὺς πιστοὺς βασιλεῖς ἡμῶν, νίκας χορηγῶν αὐτοῖς, κατὰ τῶν πολεμίων. Tὴν συμμαχίαν ἔχοιεν τὴν σήν, ὅπλον εἰρήνης, ἀήττητον τρόπαιον.

Triságion

Prostramo-nos ante a tua Cruz, ó Soberano, glorificando a tua santa Ressurreição.

Τὸν Σταυρόν σου προσκυνοῦμεν Δέσποτα, καὶ τὴν ἁγίαν σου Ἀνάστασιν δοξάζομεν.

Prokímenon (Modo Pl. 1º)

Refrão: Tu, Senhor, nos guardarás e nos preservarás.
Vers.: Salva-me, Senhor, porque o justo desapareceu.

Σὺ Κύριε, φυλάξαις ἡμᾶς καὶ διατηρήσαις ἡμᾶς
Στίχ. Σῶσόν με, Κύριε, ὅτι ἐκλέλοιπεν ὅσιος.

Epístola (Apóstolo)

Primeira Epístola do Apóstolo São Paulo aos CORÍNTIOS [1: 18-24]

rmãos, 16sabendo que o homem não se justifica pelas obras da Lei, mas pela fé em Jesus Cristo, nós também cremos em Cristo Jesus para sermos justificados pela fé em Cristo e não pelas obras da Lei, porque pelas obras da Lei ninguém será justificado. 17E se, procurando ser justificados em Cristo, nós também nos revelamos pecadores, não seria então Cristo ministro do pecado? De modo algum! 18Se volto a edificar o que destruí, então sim eu me demonstro um transgressor. 19De fato, pela Lei eu morri para a Lei, a fim de viver para Deus. Fui crucificado junto com Cristo. 20Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim. Minha vida presente na carne, eu a vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim.

Aleluia (Modo Pl. 1º)

Vers. 1: Eu cantarei eternamente as tuas misericórdias, Senhor e anunciarei a tua verdade de geração em geração.
Vers.: Pois disseste: o amor está edificado para sempre, firmaste a tua verdade no céu.

Στίχ. αʹ. Τὰ ἐλέη σου, Κύριε, εἰς τὸν αἰῶνα ᾄσομαι, εἰς γενεὰν καὶ γενεὰν ἀπαγγελῶ τὴν ἀλήθειάν σου ἐν τῷ στόματί μου.
Στίχ. βʹ. Ὅτι εἶπας· Εἰς τὸν αἰῶνα ἔλεος οἰκοδομηθήσεται· ἐν τοῖς οὐρανοῖς ἑτοιμασθήσεται ἡ ἀλήθειά σου.

Evangelho

Santo Evangelho segundo o Evangelista São MARCOS [8: 34-9: 1].

aquele tempo, 34chamando a multidão, juntamente com seus discípulos, disse-lhes: “Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. 35Pois aquele que quiser salvar a sua vida, irá perdê-la; mas, o que perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, irá salvá-la. 36Com efeito, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e arruinar a sua vida? 37Pois, o que daria o que o homem em troca da sua vida? 38De fato, aquele que, nesta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e de minhas palavras, também o Filho do Homem, se envergonhará dele quando vier na glória do seu Pai com os santos anjos”.1E dizia ainda: “Em verdade vos digo que estão aqui presente alguns que não provarão a morte até que vejam o Reino de Deus chegando com poder”.

Kinonikón

Louvai o Senhor nos céus, louvai-O nas alturas! Aleluia!

Αἰνεῖτε τὸν Κύριον ἐκ τῶν οὐρανῶν. Ἀλληλούϊα.

  • Encerramento da festa no dia 21.

SUBSÍDIOS HOMILÉTICOS

Pe. Pavlos, Hieromonge

A Crucifixão

crucifixão era uma forma de pena oriental que foi introduzida no Ocidente pelos persas. Foi pouco usada pelos gregos, mas muito utilizada pelos cartagineses e romanos.

Na literatura romana, a crucifixão é descrita como punição cruel e temida, não sendo aplicada aos cidadãos romanos, mas apenas aos escravos e aos não-romanos que houvessem cometido crimes atrozes, como assassinato, furto grave, traição e rebelião. Seguindo a forma romana de crucifixão Jesus provavelmente carregou somente a parte transversal da cruz, pois a parte vertical era deixada no local da execução à espera do condenado. Os braços eram inicialmente amarrados e somente ao chegar no local eram pregados ao madeiro. Acontecia o mesmo procedimento com as pernas e pés.

A vítima era suspensa pouco mais de um metro do chão para que as pessoas pudessem dar de beber uma mistura de água e fel ou vinagre para ser mantida o tempo inteiro consciente, sem haver possibilidade de desmaios (Mt 27,48). Os romanos crucificavam os criminosos inteiramente nus e não há motivo para se pensar que tenha sido feita alguma exceção para Jesus. As vestes do crucificado eram entregues aos soldados para serem divididas. As vestes de Jesus não foram divididas mas sorteadas pois era de tecido fino e sem costuras. Tal indumentária e feitio não poderiam ser destruídas, por isso preferiu-se lançar sorte. (Mt 27: 35 ss.)

Uma inscrição com o nome do criminoso e a natureza do seu crime era feita sobre uma tabuinha, que o condenado levava pendurado no pescoço até o local da execução; essa tabuinha foi afixada acima da cabeça de Jesus na cruz. Por ironia de Pilatos, a inscrição de Jesus não indicava um crime, mas registrava simplesmente a expressão “rei dos judeus” (Mt 27: 37). A inscrição era feita em três línguas: aramaico, o dialeto local; o grego, a língua do mundo romano e o latim, a língua oficial da administração romana.

A morte de Jesus foi muito rápida. Ele ficou suspenso à cruz algumas horas. Geralmente a morte dos condenados à cruz se dava depois de alguns dias após pregado. Este foi o caso dos dois ladrões que ladeavam Jesus: foram-lhe quebradas as pernas para que o fim fosse apressado pois a Páscoa judaica se aproximava. (Jo 19: 32 ss.)

No Novo Testamento, o simbolismo teológico da Cruz só aparece em uma afirmação do próprio Senhor e nos escritos de São Paulo. Jesus disse que aqueles que o seguem devem tomar a sua própria Cruz, perdendo assim a vida, para depois conquistá-la (Mt 10: 38). Não se trata apenas de alusão à sua própria morte, mas também da afirmação de que seu seguimento exige a negação de si mesmo ( Mc 8: 34), o total desprezo pela própria vida, pelo bem-estar, pelas posses pessoais, a tudo aquilo a que se deve renunciar para seguir Jesus.

Paulo pregava o Cristo crucificado, embora isto fosse escândalo para os hebreus e loucura para os gentios (1 Cor 1: 23). A linguagem da Cruz é absurda para aqueles que, sem ela, se perdem; entretanto é poder de Deus para aqueles que se salvam (1 Cor 1: 18).

Ao encerrarmos a Festa da Exaltação da Santa Cruz, cabe-nos dar à Cruz seu devido valor. O sofrimento nos dá a possibilidade da redenção. Reclamar dele nos atesta que ainda precisamos crescer espiritualmente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

  • BÍBLIA – Bíblia de Jerusalém (Nona Edição Revista e Ampliada). São Paulo: Paulus, 2013.
  • MCKENZIE, John L. Dicionário Bíblico. São Paulo: Ed Paulinas,  1983.
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