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III Domingo da Quaresma

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III Domingo da Quaresma

26 de março de 2022 | By ecclesia
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III Domingo da Quaresma - da «Veneração da Santa Cruz» (4° antes da Páscoa - Modo Grave)

(7º Domingo do Triódion* Quaresmal)

Comemoração dos Ss. Matrona de Tessalônica, mártir († séc. 111-IV); João de Lycopolis; Mateus de Beauvais; mártir († séc. 111-IV); Paulo, bispo de Corinto.

(Liturgia de São Basílio, o Grande).

No Orthros (Matinas):

Evangelho (Eoth. 7)

Santo Evangelho segundo o Evangelista São LUCAS [24: 1-12].

aquele tempo, no primeiro dia da semana, muito cedo ainda, elas foram ao sepulcro, levando os aromas que tinham preparado. Encontraram a pedra do túmulo removida, mas, ao entrar, não encontraram o corpo do Senhor Jesus. E aconteceu que, estando perplexas com isso, dois homens se postaram diante delas, com veste fulgurante. Cheias de medo, inclinaram o rosto para o chão; eles, porém, disseram: «Por que procurais entre os mortos aquele que vive? Ele não está aqui; ressuscitou. Lembrai-vos de como vos falou, quando ainda estava na galileia: ‘É preciso que o Filho do Homem seja entregue às mãos dos pecadores, seja crucificado e ressuscite ao terceiro dia’». E elas se lembraram de suas palavras. Ao voltarem do túmulo, anunciaram tudo isso aos Onze, bem como a todos os outros. Eram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago. As outras mulheres que estavam com elas disseram-no também aos apóstolos; essas palavras, porém, lhes pareceram desvario, e não lhes deram crédito. Pedro, contudo. levantou-se e correu ao túmulo. Inclinando-se, porém, viu apenas os lençóis. E voltou para a casa muito surpreso com o que acontecera.

Na Divina Liturgia:

Primeira Antífona (Modo 2º)

Vers. 1: Levanta sobre nós, Senhor, a luz da tua face!
Vers. 2: Deste aos que te temem o sinal para debandar perante o arco.
Vers. 3: Subiste para o alto capturando os cativos.
Vers. 4: Me dás a herança dos que temem o teu nome.
Glória… Agora e sempre….

Στίχ. α´. ᾽Εσημειώθη ἐφ’ ἡμᾶς τό φῶς τοῦ προσώπου Σου, Κύριε.
Στίχ. β’. Εὐλόγει, ἡ ψυχή μου, τὸν Κύριον, καὶ μὴ ἐπιλανθάνου πάσας τὰς ἀνταποδόσεις αὐτοῦ.
Στίχ. γ’. ᾽Ανέβης εἰς ὕψος, ᾐχμαλώτευσας αἰχμαλωσίαν.
Στίχ. δ´. ῎Εδωκας κληρονομίαν τοῖς φοβουμένοις τό ὄνομά Σου, Κύριε.
Δόξα Πατρὶ… Καὶ νῦν…

Segunda Antífona (Modo 2º)​

Vers. 1: Os confins da terra contemplaram a salvação do nosso Deus.
Vers. 2: Prostremo-nos diante do seu pedestal.
Vers. 3: Ó Deus, és meu rei desde a origem, quem opera libertações pela terra.
Vers. 4: Elevado sobre os povos todos é o Senhor, sua glória está acima do céu!
Glória… Agora e sempre…
Ó Filho Unigênito e Verbo de Deus…

Στίχ. α´. Αἴνει, ἡ ψυχή μου, τὸν Κύριον αἰνέσω Κύριον ἐν τῇ ζωῇ μου ψαλῶ τῷ Θεῷ μου ἕως ὑπάρχω.
Στίχ. β´. ῎Εδωκας τοῖς φοβουμένοις Σε σημείωσιν τοῦ φυγεῖν ἀπό προσώπου τόξου.
Στίχ. γ´. Βασιλεύσει Κύριος εἰς τὸν αἰῶνα, ὁ Θεός σου, Σιών, εἰς γενεὰν καὶ γενεάν.
Δόξα Πατρὶ… Καὶ νῦν…
Ὁ μονογενὴς Υἱὸς καὶ Λόγος τοῦ Θεοῦ…

Terceira Antífona

Vers. 1: Exaltai o Senhor nosso Deus e prostrai-vos à frente do seu pedestal!

Στίχ. ῾Υψοῦτε Κύριον τόν Θεόν ἡμῶν καί προσκυνεῖτε τῷ ὑποποδίῳ τῶν ποδῶν Αὐτοῦ..

Salva, Senhor, o teu povo e abençoa a tua herança! Concede à tua Igreja a vitória sobre o mal e guarda o teu povo pela tua Cruz.

(A cada versículos, repete-se este tropário)

Σῶσον Κύριε τὸν λαόν σου καὶ εὐλόγησον τὴν κληρονομίαν σου, νίκας τοῖς Βασιλεῦσι κατὰ βαρβάρων δωρούμενος καὶ τὸ σὸν φυλάττων διὰ τοῦ Σταυροῦ σου πολίτευμα.

Vers. 2: Salva, Senhor, o teu povo e abençoa a tua herança!
Vers. 3: Apascenta-os e conduze-os para sempre!

Στίχ. β´. Σῶσον, ὁ Θεός, τόν λαόν σου καί εὐλόγησον τήν κληρονομίαν σου.
Στίχ. γ´Καί ποίμανον αὐτούς καί ἔπαρον αὐτούς ἕως τοῦ αἰῶνος.

Apolitíkion da Ressurreição (Modo Grave)

Pela tua cruz, destruíste a morte, abriste as portas do paraíso ao ladrão, converteste em alegria o pranto das Miróforas, e lhes disseste que aos apóstolos anunciassem, que ressuscitaste dos mortos, ó Cristo Deus, revelando ao mundo a grande misericórdia.

Κατέλυσας τω Σταυρώ σου τον θάνατον ηνέωξας τω ληστή τον παράδεισον, των μυροφόρων τον θρήνον μετέβαλες, και τοις σοις αποστόλοις κηρύττειν επέταξας, ότι ανέστης Χριστέ ο Θεός, παρέχων τω κόσμω το μέγα έλεος.

Apolitíkion Próprio (Modo 1º)

Salva, Senhor, o teu povo e abençoa a tua herança! Concede à tua Igreja a vitória sobre o mal e guarda o teu povo pela tua Cruz.

Σῶσον Κύριε τὸν λαόν σου καὶ εὐλόγησον τὴν κληρονομίαν σου, νίκας τοῖς Βασιλεῦσι κατὰ βαρβάρων δωρούμενος καὶ τὸ σὸν φυλάττων διὰ τοῦ Σταυροῦ σου πολίτευμα.

Kondakion (Modo Pl. 4º)

A ti Maria, como ao general invencível, meus cantos de vitória. A ti, que me livraste de meus males, ofereço meus cantos de reconhecimento. Pois que tens uma força invencível, livra-me de toda espécie de perigos, a fim de que te aclame: Ave, Virgem e esposa!

Τῇ ὑπερμάχῳ στρατηγῷ τὰ νικητήρια, ὡς λυτρωθεῖσα τῶν δεινῶν, εὐχαριστήρια, ἀναγράφω σοι ἡ Πόλις σου, Θεοτόκε, ἀλλ’ ὡς ἔχουσα τὸ κράτος ἀπροσμάχητον, ἐκ παντοίων με κινδύνων ἐλευθέρωσον ἵνα κράζω σοι, Χαῖρε, Νύμφη ἀνύμφευτε.

Triságion

Prostramo-nos ante a tua Cruz, ó Soberano, glorificando a tua santa Ressurreição.

Τὸν Σταυρόν σου προσκυνοῦμεν Δέσποτα, καὶ τὴν ἁγίαν σου Ἀνάστασιν δοξάζομεν.

Prokímenon (Modo Pl 2º)

Refrão: Salva, Senhor, o teu povo e abençoa a tua herança!
Vers.: A Ti eu clamo, ó Senhor meu Deus.

Σῶσον, Κύριε, τὸν λαόν σου, καὶ εὐλόγησον τὴν κληρονομίαν σου.
Στίχ.  Πρὸς σέ, Κύριε κεκράξομαι, ὁ Θεός μου.

Epístola (Apóstolos)

Epístola do Apóstolo São Paulo aos HEBREUS [4: 14-5: 6].

rmãos, tendo, portanto, um Sumo Sacerdote eminente, que atravessou os céus: Jesus, o Filho de Deus, permaneçamos firmes na profissão de fé. Com efeito, não temos Sumo Sacerdote incapaz de se compadecer das nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado. Aproximemo-nos, então, com segurança do trono da graça para conseguirmos misericórdia e alcançarmos graça, como ajuda oportuna. Porquanto todo Sumo Sacerdote, tirado do meio dos homens é constituído em favor dos homens em suas relações com Deus. Sua função é oferecer dons e sacrifícios pelos pecados! É capaz de ter compreensão por aqueles que ignoram e erram, porque ele mesmo está cercado de fraqueza. Pelo que deve oferecer sacrifícios tanto pelos pecados do povo quanto pelos seus proprios. Ninguém, pois, se atribua esta honra, senão o que foi chamado por Deus, como Aarão! Deste modo, também Cristo não se atribui a glória de tornar-se Sumo Sacerdote. Ele, porém, a recebeu daquele que lhe disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei… Conforme diz ainda, em outra passagem: Tu és sacerdote para o éon, segundo a ordem de Melquisedec.

Aleluia - Modo Pl. 2º (Salmo 73)

Vers. 1: Lembra-te do teu povo que elegeste há tanto tempo.
Vers. 2: Deus, que é nosso Rei antes dos séculos, operou a salvação no meio da terra.

Στίχ. Αʹ.Μνήσθητι τῆς συναγωγῆς σου, ἧς ἐκτήσω ἀπ’ ἀρχῆς.
Στίχ. βʹ. Ὁ δὲ Θεὸς βασιλεὺς ἡμῶν πρὸ αἰώνων εἰργάσατο σωτηρίαν ἐν μέσῳ τῆς γῆς.

Evangelho

Santo Evangelho segundo o Evangelista São MARCOS [8: 34-9:1].

aquele tempo, chamando a multidão, juntamente com seus discípulos, disse-lhes: «Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois aquele que quiser salvar sua vida, a perderá; mas, o que perder sua vida por causa de mim e do Evangelho, a salvará. Com efeito, que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e arruinar sua própria vida? Pois, que daria o homem em troca da sua vida! De fato, aquele que, nesta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e de minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos.» E dizia ainda: «Em verdade vos digo que estão aqui presentes alguns que não provarão a morte até que vejam o Reino de Deus chegando com poder.

Hirmós

Em vez de «Verdadeiramente é digno e justo…» canta-se:

Ó cheia de graça, em ti rejubila-se toda a Criação. A assembleia dos anjos e o gênero humano te glorificam, ó templo santificado, paraíso espiritual e glória das virgens, na qual Deus se encarnou e da qual tornou-se Filho Aquele que é nosso Deus antes dos séculos.

Porque fez de teu seio um trono e as tuas entranhas, mais vastas do que os céus. Ó cheia de graça, em ti rejubila-se toda a Criação e te glorifica!

Ἐπὶ σοὶ χαίρει, Κεχαριτωμένη, πᾶσα ἡ κτίσις, Ἀγγέλων τὸ σύστημα, καὶ ἀνθρώπων τὸ γένος· ἡγιασμένε ναέ, καὶ Παράδεισε λογικέ, παρθενικὸν καύχημα, ἐξ ἧς Θεός ἐσαρκώθη, καὶ παιδίον γέγονεν, ὁ πρὸ αἰώνων ὑπάρχων Θεὸς ἡμῶν.

Ἦχος α’ ἐκ τοῦ Κε (μέλος ἀρχαῖον)
Τὴν γὰρ σὴν μήτραν, θρόνον ἐποίησε, καὶ τὴν σὴν γαστέρα, πλατυτέραν οὐρανῶν ἀπειργάσατο. Ἐπὶ σοὶ χαίρει Κεχαριτωμένη, πᾶσα ἡ κτίσις, δόξα σοι.

OBS.: Ao fim da Divina Liturgia, segue a procissão e Adoração da Santa Cruz (ver abaixo).

SUBSÍDIOS HOMILÉTICOS

Pe. Pavlos, Hieromonge

«A Veneração à Santa Cruz».

calendário Litúrgico Bizantino há duas datas nas quais veneramos a Santa Cruz, tamanha é a relevância e o simbolismo deste instrumento de morte que se transformou em instrumento de vida e salvação para os cristãos: 14 de setembro (festa principal) e no Terceiro Domingo da Quaresma.

A Santa Cruz transformou-se, no decorrer dos acontecimentos da vida da Igreja, no arquétipo da ação salvífica de Deus e no modelo de resposta do homem. Deus salva os homens pela Cruz, através de seu Filho que, obediente à vontade do Pai, a abraçou restaurando aos homens a dignidade filial perdida.

Os primeiros cristãos, conforme relata São Paulo em suas cartas, começavam a descobrir as riquezas do mistério da morte de Jesus na cruz, quando à luz da Ressurreição a vislumbravam como meio de salvação e não como instrumento de perdição. Já que o Senhor havia morrido numa cruz, em obediência à vontade do Pai, ela foi acolhida como sinal de humildade e sujeição aos desígnios de Deus. A resposta do homem ante a vontade divina passou a ser dada de maneira consistente: a fé no Ressuscitado movia os corações a uma plena compreensão do plano salvífico.

São Paulo não se limitou apenas a ensinar sobre o poder que tem a Cruz de libertar os homens do pecado, do egoísmo e da morte. Ele foi além dessas verdades estendendo o seu significado. Deu à Cruz a dimensão de Redenção, vendo nela o meio necessário para que fosse selada a Nova Aliança entre Deus e os homens.

Todo cristão, por participar do amor e da obediência de Cristo na Cruz, morre para o pecado que o impede de amar a Deus e aos homens de forma plena e livre. Santo Inácio de Antioquia ( + 117) e São Policarpo (+ 165) lembravam os sofrimentos de Cristo constantemente em suas pregações, para enfatizar a todos os cristãos que no escândalo da Cruz se ocultava o profundo amor de Deus pelos homens. Na cruz trilhava-se o caminho para se chegar à Ressurreição. Por isso, os cristãos do Oriente veneram a Cruz como símbolo da vitória sobre a morte.

Todo sofrimento, angústia, desespero e morte tornam-se secundários diante da magnitude da Ressurreição. O cristão ortodoxo contempla a Cruz resplandecente, mergulhado no espírito pascal: o Senhor não terminou sua missão na Cruz, mas fez dela um instrumento de passagem para se chegar à Vida.

A Cruz para um cristão que esteja imbuído deste espírito torna-se fonte de bênçãos. A loucura da Cruz de Cristo ganha a dimensão do amor infinito e totalmente oblativo. Hoje em dia são muitos os que tem dificuldade em compreender a teologia da Cruz. Parecem fugir dela por medo de sofrer. O sofrimento e a dor fazem parte da humanidade. Sofremos ao nascer, sofremos durante a vida e a morte virá com muito ou pouco sofrimento, mas virá com ele. Não podemos mudar esta realidade que nos é inerente por natureza. Como cristãos podemos mudar a compreensão que damos ao sofrimento.

A Cruz, antes vista como horror e escândalo, passou a ser compreendida como instrumento de salvação. Para que cheguemos a este amadurecimento espiritual é necessário o encontro com o Senhor Crucificado que padeceu os horrores da dor, para que Ele mesmo nos conduza às alegrias da Ressurreição.

Venerar a Cruz é venerar a história humana. Contemplar a Cruz é contemplar os seres humanos nos mais diversos continentes do mundo. Venerar a Cruz gloriosa e vivificante é restabelecer à história humana sua grandeza na História da Salvação. A Cruz sem Deus revela o abandono e a morte. A Cruz com Deus é sinal de esperança e vida nova.

Neste terceiro Domingo da Quaresma a Igreja nos convida a refletir sobre a dimensão que damos à Cruz e ao sofrimento em nossas vidas. Nossa postura frente à Cruz e ao sofrimento humano deve assemelhar-se à postura de Maria e a de João, o discípulo do amor. Estavam em pé diante do Crucificado, contemplando Aquele que era a Ressurreição e a Vida. Mesmo sem entender o que estava acontecendo conservavam tudo isso no coração. Não procuravam uma explicação racional e uma lógica que os fizessem compreender o sofrimento de Jesus. A lógica que os fazia silenciar e aceitar os desígnios de Deus era a obediência e a entrega à vontade do Pai.

Quando racionalmente procuramos explicações para o sofrimento e a cruz, fatalmente cairemos em subjetivismos perigosos que nos poderão levar a erros e a desvios da fé apostólica. O homem por si só não pode explicar os mistérios de Deus. A lógica divina não obedece os parâmetros racionais humanos. A Cruz para a Igreja é sinal e instrumento de Salvação. Por isso, os cristãos de tradição bizantina a veneram gloriosa e vivificante, despida dos sentimentos mórbidos que poderiam ofuscar a sua magnitude. O sofrimento, as dores e a morte que o Senhor sofreu por meio dela, por mais terríveis que pudessem ser, fez dela veículo da nossa salvação.

Em recente entrevista à Revista 30 Dias, assim se expressou Sua Santidade o Patriarca Ecumênico Bartolomeu I, referindo-se a relação existente entre a Igreja e a Cruz:

«A Igreja deve apoiar a sua força na sua fraqueza humana, na loucura da Cruz (escândalo para os Judeus, loucura para os Gregos), e a sua esperança na ressurreição de Cristo. Privada de todo poder mundano, perseguida e entregue cotidianamente à morte, a Igreja faz com que surjam santos, que guardam a Graça de Deus em vasos de argila, que vivem dentro da luz da Transfiguração e são conduzidos por Deus ao martírio e ao sacrifício.»

Um cristão, à Luz da Ressurreição, carrega sua cruz subindo o Calvário para a Santidade. O madeiro que sustentou o corpo do Senhor Crucificado tornou-se Árvore da Vida, pois nele foi selado o Novo Testamento, a Nova Aliança. Deus pôs no santo Lenho da Cruz a salvação da humanidade, para que a vida ressurgisse de onde viera a morte.

Durante o Rito de veneração à Santa e Vivificante Cruz, entoa-se um canto que nos convida a contemplar o madeiro sagrado que nos deu a vitória sobre o mal:

«Vinde, fiéis!
Adoremos o Madeiro que dá a vida,
no qual Cristo, o Rei da Glória,
estendeu voluntariamente, seus braços,
restaurando em nós a felicidade primitiva.
Vinde,adoremos a Cruz
que nos dá a vitória sobre o mal.»

Mais forte é o significado da segunda parte deste mesmo hino que nos faz compreender a dimensão e a grandeza da Cruz de Cristo:

«Hoje, a Cruz é exaltada e o mundo se liberta do erro.
Hoje, renova-se a Ressurreição de Cristo, regozijam-se os confins da terra…”

Na Cruz renova-se a Ressurreição. Pela Cruz a Vida nos é possível. Pela Cruz a Santidade é uma realidade presente. Basta o encontro com o Senhor e nossa entrega total a Vontade de Deus.

O silêncio e a meditação nos auxiliarão, nesta Quaresma, a ver na Cruz e no sofrimento riquezas espirituais nunca antes vislumbradas por nós, mas já vividas pelos santos. Meditando sobre a Cruz à luz da Ressurreição, “adoramos a tua Cruz, ó Mestre e glorificamos a tua Santa ressurreição.”

Referências Bibliográficas:

  • BÍBLIA – Bíblia de Jerusalém (Nona Edição Revista e Ampliada). São Paulo: Paulus, 2013.
  • DE FIORES, Stefano. Dicionário de Espiritualidade, São Paulo: Ed. Paulinas, 1989.

Folheto Litúrgico para download com a ordem da:

Procissão e Adoração da Santa Cruz

Quaresma-III-Domingo

* Triódion é o tempo que abrange as 10 semanas de preparação para a Páscoa: três semanas antes da Quaresma e sete semanas de Quaresma. Esse tempo começa no Domingo do Publicano e do Fariseu e termina na tarde do Grande e Santo Sábado.

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