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20 de novembro: «9º Domingo do Evangelho de São Lucas»

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20 de novembro: «9º Domingo do Evangelho de São Lucas»

18 de novembro de 2022 | By ecclesia
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9° Domingo do Evangelho de Lucas (23º depois de Pentecostes - Modo Pl. 2º)

Pré-festa da Apresentação da Ssma. Virgem no templo; Comemoração dos Ss. Gregório Decapolita, mon. († 842); Proclos, Patriarca de Constantinopla († 446).

No Orthros (Matinas):

Evangelho:

Santo Evangelho segundo o Evangelista São MATEUS [Mt 28: 16-20].

aquele tempo, 16os onze discípulos caminharam para a Galileia, à montanha que Jesus lhes determinara. 17Ao vê-lo, prostraram-se diante dele. Alguns, porém, duvidaram. 18Jesus, aproximando-se deles, falou: «Toda a autoridade sobre o céu e sobre a terra me foi entregue. 19Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo 20e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei. E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos!»

Na Divina Liturgia:

Primeira Antífona (Modo 2º)

Vers. 1: Bendize, ó minha alma, ao Senhor e todo o meu ser bendiga o seu santo nome.!
Vers. 2: Bendize, ó minha alma, ao Senhor e não esqueças nenhum de seus benefícios!
Vers. 3: O Senhor firmou no céu o seu trono e sua realeza governa o universo.
Glória… Agora e sempre….

Στίχ. α´. Εὐλόγει ἡ ψυχή μου, τὸν Κύριον, καὶ πάντα τὰ ἐντός μου τὸ ὄνομα τὸ ἅγιον αὐτοῦ.
Στίχ. β’. Εὐλόγει, ἡ ψυχή μου, τὸν Κύριον, καὶ μὴ ἐπιλανθάνου πάσας τὰς ἀνταποδόσεις αὐτοῦ.
Στίχ. γ’. Κύριος ἐν τῷ οὐρανῷ ἡτοίμασε τὸν θρόνον αὐτοῦ, καὶ ἡ βασιλεία αὐτοῦ πάντων δεσπόζει.
Δόξα Πατρὶ… Καὶ νῦν…

Segunda Antífona (mesmo modo)

Vers. 1: Louva, ó minha alma, o Senhor! Louvarei o Senhor enquanto eu viver; cantarei louvores a meu Deus enquanto eu existir.
Vers. 2: Bem-aventurado o que tem por protetor o Deus de Jacó, que põe sua esperança no Senhor, seu Deus.
Vers. 3: O Senhor reinará eternamente; ele é teu Deus, ó Sião, de geração em geração!
Glória… Agora e sempre…
Ó Filho Unigênito e Verbo de Deus…

Στίχ. α´. Αἴνει, ἡ ψυχή μου, τὸν Κύριον αἰνέσω Κύριον ἐν τῇ ζωῇ μου ψαλῶ τῷ Θεῷ μου ἕως ὑπάρχω.
Στίχ. β´. Μακάριος, οὗ ὁ Θεὸς Ἰακὼβ βοηθὸς αὐτοῦ, ἡ ἐλπὶς αὐτοῦ ἐπὶ Κύριον τὸν Θεὸν αὐτοῦ.
Στίχ. γ´. Βασιλεύσει Κύριος εἰς τὸν αἰῶνα, ὁ Θεός σου, Σιών, εἰς γενεὰν καὶ γενεάν.
Δόξα Πατρὶ… Καὶ νῦν…
Ὁ μονογενὴς Υἱὸς καὶ Λόγος τοῦ Θεοῦ…

Terceira Antífona

Vers. 1: Este é o dia que o Senhor fez, exultemos e alegremo-nos n’Ele!

Στίχ. Αὕτη ἡ ἡμέρα Κυρίου, ἀγαλλιασώμεθα καὶ εὐφρανθῶμεν ἐν αὐτῇ.

Apolitíkion da Ressurreição (Modo Pl. 2º)

Enquanto Maria estava, diante do sepulcro, à procura do teu imaculado Corpo, os Anjos apareceram em teu túmulo e as sentinelas desfaleceram. Sem ser vencido pela morte, submeteste ao teu domínio o reino dos mortos; e vieste ao encontro da Virgem revelando a vida. Senhor, que ressurgiste dos mortos, glória a Ti!

Αγγελικαί δυνάμεις επί το μνήμα σου, και οι φυλάσσοντες, απενεκρώθησαν και ίστατο Μαρία εν τω τάφω, ζητούσα το άχραντον σου σώμα. Εσκύλευσας τον άδην, μη πειρασθείς υπ’ αυτού, υπήντησας τη παρθένω, δωρούμενος την ζωήν. Ό αναστάς εκ των νεκρών, Κύριε δόξα σοι.

Kondákion da Festa da Apresentação da Theotokos (Modo 4º)

O templo puríssimo do Salvador, a Virgem,  a preciosíssima câmara nupcial, o sagrado tesouro da glória de Deus é apresentada hoje à Casa do Senhor, introduzindo com ela a graça do Espírito Divino. Os anjos de Deus a louvam clamando: «Esta é o tabernáculo celeste!»

Ὁ καθαρώτατος ναὸς τοῦ Σωτῆρος, ἡ πολυτίμητος παστὰς καὶ Παρθένος, τὸ Ἱερὸν θησαύρισμα τῆς δόξης τοῦ Θεοῦ, σήμερον εἰσάγεται, ἐν τῷ οἴκῳ Κυρίου, τὴν χάριν συνεισάγουσα, τὴν ἐν Πνεύματι θείῳ, ἣν ἀνυμνοῦσιν Ἄγγελοι Θεοῦ΄ Αὕτη ὑπάρχει σκηνὴ ἐπουράνιος.

Prokímenon (Modo Plagal 2º)

Refrão: Salva, Senhor, o teu povo, e abençoa a tua herança (Sl 28, 9).
Vers.: A Ti, Senhor, eu clamo, ó meu Deus!

Σῶσον τὸν λαόν σου καὶ εὐλόγησον τὴ κληρονομίαν σου.
Στίχ.  Πρός σέ, Κύριε, κεκράξομαι, ὁ Θεός μου.

Epístola (Apóstolos)

Epístola do Apóstolo São Paulo aos EFÉSIOS [2:4-10].

rmãos, 4Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, 5quando estávamos mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo — pela graça fostes salvos! — 6e com ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos céus, em Cristo Jesus, 7a fim de mostrar nos tempos vindouros a extraordinária riqueza da sua graça, pela sua bondade para conosco, em Cristo Jesus. 8Pela graça fostes salvos, por meio da fé, e isso não vem de vós, é o dom de Deus: 9não vem das obras, para que ninguém se encha de orgulho. 10Pois somos criaturas dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras que Deus já antes tinha preparado para que nelas andássemos.

Aleluia (Modo Plagal 2º)

Vers. 1: Quem habita ao abrigo do Altíssimo e vive à sombra do Senhor onipotente (Sl 91, 1).
Vers. 2: Diz ao Senhor: sois meu refúgio e proteção; sois o meu Deus no qual confio inteiramente (Sl 91, 2).

Στίχ. αʹ. Ὁ κατοικῶν ἐν βοηθείᾳ τοῦ Ὑψίστου, ἐν σκέπῃ τοῦ Θεοῦ τοῦ οὐρανοῦ αὐλισθήσεται.
Στίχ. βʹ. Ἐρεῖ τῷ Κυρίῳ· Ἀντιλήπτωρ μου εἶ καὶ καταφυγή μου, ὁ Θεός μου, καὶ ἐλπιῶ ἐπ’ αὐτόν.

Evangelho

Santo Evangelho segundo o Evangelista São LUCAS [12: 16-21].

aquele tempo,  16contou-lhes o Senhor uma parábola: «A terra de um rico produziu muito. 17Ele, então, refletia: ‘Que hei de fazer? Não tenho onde guardar minha colheita’. 18Depois pensou: ‘Eis o que vou fazer: vou demolir meus celeiros, construir maiores, e lá hei de recolher todo o meu trigo e os meus bens. 19E direi à minha alma: Minha alma, tens uma quantidade de bens em reserva para muitos anos; repousa, come, bebe, regala-te’. 20Mas Deus lhe diz: ‘Insensato, nessa mesma noite ser-te-á reclamada a alma. E as coisas que acumulaste, de quem serão?’ 21Assim acontece àquele que ajunta tesouros para si mesmo, e não é rico para Deus».

Kinonikón

Louvai o Senhor nos céus | louvai-O nas alturas! Aleluia!

Αἰνεῖτε τὸν Κύριον ἐκ τῶν οὐρανῶν. Ἀλληλούϊα.

SUBSÍDIOS HOMILÉTICOS

Pe. Pavlos, Hieromonge

«Parábola do Rico Insensato»

eparamo-nos, neste domingo, com um relato familiar. Não é raro ouvirmos de pessoas comentários semelhantes aos que foram proferidos pelo personagem da Parábola que Jesus usou para mais uma vez transmitir seus ensinamentos. A riqueza não é seguro de vida e muito menos demonstra se estamos cumprindo a vontade de Deus ou não. Para os cristãos nem sempre a riqueza é sinal de benção divina; é, muitas vezes, causa de perdição.

Jesus inicia sua parábola contando que certo homem teria uma ótima colheita, mas que não teria celeiros suficientes para armazená-la, já que os que possuía já estavam abarrotados. Pensou então em construir celeiros maiores e estocar suas riquezas para depois desfrutá-la, comendo e bebendo. Seu erro está focado em um horizonte terreno. A ele o que importa é o ter; é o comer e o beber; é sugar da vida todos os prazeres que lhe são oferecidos. Trabalhou durante anos, acumulando bastante para depois desfrutar. Diante desta maneira de pensar a vida, o próprio Deus responde: “Insensato”! Não somos donos da vida. A nós não coube estabelecer seu inicio e nem cabe a nós estabelecer seu fim. A morte faz parte da vida; ela é inerente à realidade; nem dela pode fugir ou adiar seu curso. A morte revela o quanto a vida tem uma dimensão finita, mensurável pelo tempo e limitada pelo espaço.

O cristão deve olhar a vida como dom de Deus e não como propriedade sua. Se é dom de Deus, a Ele devemos prestar contas. A nossa preocupação não deveria ser como o do rico da parábola: acumular tesouros para o mundo. Esses tesouros são bens temporais e devem ser vistos e aceitos como tais, isto é, contingentes, efêmeros, transitórios, passageiros. O que de fato são perenes e duradouros são os tesouros que “nem a traça nem a ferrugem corroem”.

O fato de possuirmos “bens materiais” não é condenável. Torna-se prejudicial, porém, quando nos deixamos possuir por eles. O avarento, o cobiçoso não possui, mas é possuído por seus bens e desejos. O apego é colidente com a caridade, com a doação e com a entrega.

É necessário que nossa relação com os bens deste mundo não se tornem obstáculos à relação filial que temos com nosso Deus e que eles sejam apenas e somente meios para melhor promover a dignidade humana e, jamais, fim em si mesmos.

Nosso tesouro é Deus e, embora carreguemos este tesouro em vasos de argila, como revela-nos o Apóstolo Paulo, é preciso que haja plena confiança n’Ele e em sua Providência. Esta confiança é uma condição para que resistamos aos apelos consumistas e ao apego material em geral de nosso tempo e de nossa sociedade. A base da confiança do homem está na certeza da fidelidade de Deus.

Facilmente os homens denominam de “ricos” os que possuem bens, os que têm posses e por terem tanto são tratados de maneira singular, especial, muitas vezes em detrimento dos demais. Para Deus rico é aquele que, com o que é seu, ajuda aos que pouco ou nada têm. “Quem se compadece do próximo, empresta a Deus” (Pr 19,17).

Ricos ou pobres, afortunados ou não, todos nós nos depararemos com a realidade da morte. Não levaremos nada de material. Oxalá, não sejamos nós a ouvir que fomos “insensatos”, quando deveríamos ser prudentes ao acumularmos tesouros que aprouve ao Criador nos confiar.

Referências Bibliográficas:

  • BÍBLIA – Bíblia de Jerusalém (Nona Edição Revista e Ampliada). São Paulo: Paulus, 2013.
  • KONINGS, Johan. Descobrir a Bíblia a partir da Liturgia. São Paulo: Ed. Loyola. 1997.
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