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9 de outubro: «3º Domingo do Evangelho de São Lucas»

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9 de outubro: «3º Domingo do Evangelho de São Lucas»

9 de outubro de 2022 | By ecclesia
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«3º Domingo do Evangelho de São Lucas» (17º depois de Pentecostes - Modo Pl. 4º)

Comemoração dos Ss. Apóstolo Tiago, filho de Alfeu, (séc. I); Andrônico e sua mulher Atanásia do Egito (séc.V); Patriarca Abraão e seu sobrinho Lot, os Justos; Poplia, confessor de Antioquia..

No Orthros (Matinas):

Evangelho (Eoth. 6)

Santo Evangelho segundo o Evangelista São LUCAS [24: 36-53].

aquele tempo, 36falavam ainda, quando ele próprio (Jesus) se apresentou no meio deles e disse: «A paz esteja convosco!» 37Tomados de espanto e temor, imaginavam ver um espírito. 38Mas ele disse: «Por que estais perturbados e por que surgem tais dúvidas em vossos corações? 39Vede minhas mãos e meus pés: sou eu! Apalpai-me e entendei que um espírito não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho». 40Dizendo isso, mostrou-lhes as mãos e os pés. 41E como, por causa da alegria, não podiam acreditar ainda e permaneciam surpresos, disse-lhes: «Tendes o que comer?» 42Apresentaram-lhe um pedaço de peixe assado. 43Tomou-o, então, e comeu-o diante deles.44Depois disse-lhes: «São estas as palavras que eu vos falei, quando ainda estava convosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos». 45Então abriu-lhes a mente para que entendessem as Escrituras, 46e disse-lhes: «Assim está escrito que o Cristo devia sofrer e ressuscitar dos mortos ao terceiro dia, 47e que, em seu Nome, fosse proclamado o arrependimento para a remissão dos pecados a todas as nações, a começar por Jerusalém. 48Vós sois testemunhas disso. 49Eis que eu vos enviarei o que meu Pai prometeu. Por isso, permanecei na cidade até serdes revestidos da força do Alto». 50Depois, levou-os até Betânia e, erguendo as mãos, abençoou-os. 51Eenquanto os abençoava, distanciou-se deles e era elevado ao céu. 52Eles se prostraram diante dele, e depois voltaram a Jerusalém com grande alegria, 53e estavam continuamente no Templo, louvando a Deus.

Na Divina Liturgia:

Primeira Antífona (Modo 2º)

Vers. 1: Bendize, ó minha alma, ao Senhor e todo o meu ser bendiga o seu santo nome.!
Vers. 2: Bendize, ó minha alma, ao Senhor e não esqueças nenhum de seus benefícios!
Vers. 3: O Senhor firmou no céu o seu trono e sua realeza governa o universo.
Glória… Agora e sempre….

Στίχ. α´. Εὐλόγει ἡ ψυχή μου, τὸν Κύριον, καὶ πάντα τὰ ἐντός μου τὸ ὄνομα τὸ ἅγιον αὐτοῦ.
Στίχ. β’. Εὐλόγει, ἡ ψυχή μου, τὸν Κύριον, καὶ μὴ ἐπιλανθάνου πάσας τὰς ἀνταποδόσεις αὐτοῦ.
Στίχ. γ’. Κύριος ἐν τῷ οὐρανῷ ἡτοίμασε τὸν θρόνον αὐτοῦ, καὶ ἡ βασιλεία αὐτοῦ πάντων δεσπόζει.
Δόξα Πατρὶ… Καὶ νῦν…

Segunda Antífona (mesmo modo)

Vers. 1: Louva, ó minha alma, o Senhor! Louvarei o Senhor enquanto eu viver; cantarei louvores a meu Deus enquanto eu existir.
Vers. 2: Bem-aventurado o que tem por protetor o Deus de Jacó, que põe sua esperança no Senhor, seu Deus.
Vers. 3: O Senhor reinará eternamente; ele é teu Deus, ó Sião, de geração em geração!
Glória… Agora e sempre…
Ó Filho Unigênito e Verbo de Deus…

Στίχ. α´. Αἴνει, ἡ ψυχή μου, τὸν Κύριον αἰνέσω Κύριον ἐν τῇ ζωῇ μου ψαλῶ τῷ Θεῷ μου ἕως ὑπάρχω.
Στίχ. β´. Μακάριος, οὗ ὁ Θεὸς Ἰακὼβ βοηθὸς αὐτοῦ, ἡ ἐλπὶς αὐτοῦ ἐπὶ Κύριον τὸν Θεὸν αὐτοῦ.
Στίχ. γ´. Βασιλεύσει Κύριος εἰς τὸν αἰῶνα, ὁ Θεός σου, Σιών, εἰς γενεὰν καὶ γενεάν.
Δόξα Πατρὶ… Καὶ νῦν…
Ὁ μονογενὴς Υἱὸς καὶ Λόγος τοῦ Θεοῦ…

Terceira Antífona

Vers. 1: Este é o dia que o Senhor fez, exultemos e alegremo-nos n’Ele!

Στίχ. Αὕτη ἡ ἡμέρα Κυρίου, ἀγαλλιασώμεθα καὶ εὐφρανθῶμεν ἐν αὐτῇ.

Apolitíkion da Ressurreição (Modo Pl. 4º)

Desceste das Alturas, ó Misericordioso, e suportaste a sepultura por três dias, para nos libertar dos sofrimentos. Senhor, nossa Vida e nossa Ressurreição, Glória a Ti!

Εξ ύψους κατήλθες ο εύσπλαγχνος, ταφήν κατεδέξω τριήμερον, ίνα ημάς ελευθέρωσης των παθών. Η ζωή και η ανάστασις ημών, Κύριε δόξα σοι.

Kondakion (Modo 2º)

Ó Admirável e Protetora dos cristãos e nossa Medianeira do Criador, não desprezes as súplicas de nenhum de nós pecadores; mas, apressa-te em auxiliar-nos como Mãe bondosa que és, pois te invocamos com fé: roga por nós junto de Deus, tu que defendes sempre aqueles que te veneram.

Προστασία τῶν Χριστιανῶν ἀκαταίσχυντε, μεσιτεία πρὸς τὸν Ποιητὴν ἀμετάθετε, Μὴ παρίδῃς ἁμαρτωλῶν δεήσεων φωνάς, ἀλλὰ πρόφθασον, ὡς ἀγαθή, εἰς τὴν βοήθειαν ἡμῶν, τῶν πιστῶς κραυγαζόντων σοι. Τάχυνον εἰς πρεσβείαν, καὶ σπεῦσον εἰς ἱκεσίαν, ἡ προστατεύουσα ἀεί, Θεοτόκε, τῶν τιμώντων σε.

Prokímenon (Modo Pl. 4º)

Refrão: Fazei votos ao Senhor nosso Deus e cumpri-os.
Vers.: Deus é conhecido na Judeia, grande é o seu nome em Israel.

Εὔξασθε καί ἀπόδοτε, Κυρίῳ τῷ Θεῷ ἡμῶν.
Στίχ. Γνωστός ἐν τῇ Ἰουδαίᾳ ὁ Θεός ἐν τῷ ᾿Ισραὴλ μέγα τὸ ὄνομα αὐτοῦ.

Epístola (Apóstolo)

Segunda Epístola do Apóstolo São Paulo aos CORÍNTIOS [2Cor 6: 16-18; 7:1]

rmãos,  16que há de comum entre o templo de Deus e os ídolos? Ora, nós é que somos o templo do Deus vivo, como disse o próprio Deus: Em meio a eles habitarei e caminharei, serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. 17Portanto, saí do meio de tal gente, e afastai-vos, diz o Senhor. Não toqueis o que seja impuro, e eu vos acolherei. 18Serei para vós um pai, e sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor todo-poderoso. 1Caríssimos, de posse de tais promessas, purifiquemo-nos de toda mancha da carne e do espírito. E levemos a termo a nossa santificação no temor de Deus.

Aleluia (Modo Pl. 4º)

Vers. 1: Vinde, regozijemo-nos no Senhor, cantemos as glórias de Deus, nosso Salvador!
Vers. 2: Apresentamo-nos diante dele com louvor, e celebremo-lo com salmos!

Στίχ. αʹ. Δεῦτε ἀγαλλιασώμεθα τῷ Κυρίῳ, ἀλαλάξωμεν τῷ Θεῷ τῷ Σωτῆρι ἡμῶν.
Στίχ. βʹ. Προφθάσωμεν τὸ πρόσωπον αὐτοῦ ἐν ἐξομολογήσει.

Evangelho

Santo Evangelho segundo o Evangelista São LUCAS [7: 11-16].

aquele tempo,  31Jesus foi a uma cidade chamada Naim. Seus discípulos e numerosa multidão caminhavam com ele. 12Ao se aproximar da porta da cidade, coincidiu que levavam a enterrar um morto, filho único de mãe viúva; e grande multidão da cidade estava com ela. 13O Senhor, ao vê-la, ficou comovido e disse-lhe «Não chores!» 14Depois, aproximando-se, tocou o esquife, e os que o carregavam pararam. Disse ele, então: «Jovem, eu te ordeno, levanta-te!» 15E o morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. 16Todos ficaram com muito medo e glorificavam a Deus, dizendo: «Um grande profeta surgiu entre nós e Deus visitou o seu povo».

Kinonikón

Louvai o Senhor nos céus | louvai-O nas alturas! Aleluia!

Αἰνεῖτε τὸν Κύριον ἐκ τῶν οὐρανῶν. Ἀλληλούϊα.

SUBSÍDIOS HOMILÉTICOS

Pe. Pavlos, Hieromonge

«Moço, eu te ordeno, levanta-te»

ressurreição do jovem da cidade de Naím, para o Evangelista São Lucas, é um sinal da chegada dos tempos messiânicos, é uma amostra do que aconteceria após a consumação dos tempos, quando Jesus passaria pela experiência da morte, ressuscitando ao terceiro dia. Lucas é o único Evangelista a narrar este milagre.

Em Jesus se verificam todos os sinais messiânicos contidos nas profecias: “Então, se abrirão os olhos dos cegos e os ouvidos dos surdos; então o coxo saltará como o cervo, e a língua dos mudos gritará de alegria” (Is 35,5-6). O próprio Jesus, como testemunho de sua missão messiânica, mandava dizer ao Batista: “Ide dizer a João: os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são curados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam” (Lc 7,22). Era o que acontecia à sua passagem. Nem a morte lhe punha resistência!

Nas proximidades de Naím, encontrou Jesus um cortejo fúnebre onde uma pobre viúva chorava a morte do seu único filho. De um lado seguia o cortejo da morte; do outro, a caravana da vida. Jesus foi ao encontro da morte, do sofrimento, para restaurar a vida que estava perdida. Diante daquele cenário moveu-se o Senhor de compaixão dizendo à mulher que já havia perdido seu marido e agora estava a sepultar seu único filho: “Não chores'” (Lc 7,14).

Jesus era extremamente sensível ao sofrimento humano. Todo o seu ministério foi pontilhado de experiências de compaixão. Não lhe passava despercebida nenhuma situação de dor e angústia. Sua sensibilidade era ainda mais aguçada quando se tratava de pessoas cuja condição social as tornava vulneráveis, vítimas da exploração e da marginalização.

Sem esperar ser solicitado, Jesus tomou a iniciativa de devolver a esperança ao coração daquela mulher, pois teve compaixão dela. Não se limitou, porém, a simples palavras de consolação. Restituiu a vida ao filho que era levado para a sepultura. Não esperou que aquela mãe ou outro familiar lhe suplicasse por um milagre ou declarasse publicamente sua fé – como quase sempre acontecia antes de um milagre – mas, movido de compaixão, diz: “Jovem, eu te ordeno, levanta-te!” Lc 7,15. Só o Senhor da Vida e da morte pode falar assim, e com palavras que produzem o que exprimem. “E sentou-se o morto e começou a falar. E o Senhor o entregou à sua mãe” (Lc 7, 16).

Na época de Jesus, uma viúva ocupava uma situação social difícil. Aliás, toda mulher era vista como alguém dependente do marido ou do seu pai. Quando tornava-se viúva ficava a mercê de seu filho mais velho, pois quem herdava os bens deixados era o filho varão e nunca a esposa. Neste episódio do Evangelho, o filho era sua única herança, cuja proteção, moradia e bem estar, dele provinham.

A viúva deveria ainda vestir-se com trajes que a identificassem como tal. Por causa disso era taxada na sociedade como alguém indefesa, desprotegida, pobre e, por isso, vítima fácil de enganadores, agiotas, credores etc. A Igreja primitiva suplicava pela assistência prática às viúvas, providenciava-lhes alimentos e roupas (At 6,1). São Tiago diz que a assistência aos órfãos e às viúvas demonstra que grau de compreensão e adesão à Boa Nova de Jesus as pessoas viviam. (Tg 1,27). Ciente de toda esta situação, o Senhor deixa revelar sua dupla natureza: Ele é verdadeiramente homem, sensível ao sofrimento e às dores humanas; Ele é verdadeiramente Deus, o que perdoa os pecados e tem poder sobre a morte, operando o milagre da vida.

O milagre da ressurreição do jovem é pré-anúncio da Ressurreição do Senhor. Ao vê-lo, as pessoas que ali estavam e presenciaram a manifestação direta de Deus na história humana exclamavam: “Alegremo-nos, pois Deus visitou o seu povo”. Hoje podemos afirmar que Deus já não somente nos visita, mas habita em nós. Cada cristão é uma tenda onde o Santo dos Santos faz sua morada. Ele está em nosso meio. O respeito pelo outro, no qual também Deus habita, também se fará mais visível quando de fato crermos nesta verdade.

Nosso Deus é o Deus da Vida. A ressurreição daquele jovem foi operada por Jesus que era Deus-homem. Nós, como filhos de Deus em Jesus Cristo, podemos contribuir para que o milagre da vida se faça, na recuperação, por exemplo, da dignidade de muitos jovens de nosso tempo que, aparentemente, estão como “mortos”. Uma palavra, um encontro, um diálogo, a amizade podem significar o início de uma grande experiência de revivificação, de “ressurreição”.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

  • BÍBLIA – Bíblia de Jerusalém (Nona Edição Revista e Ampliada). São Paulo: Paulus, 2013.
  • STORNIOLO, Ivo. Como Ler o Evangelho de Lucas, São Paulo: Ed. Paulus.
  • MACKENZIE, John. Dicionário Bíblico. São Paulo: Ed. Paulinas, 1983.
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