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Sobre o Credo

Santo Ireneu de Lião (140-202) 

“A Igreja, espalhada hoje pelo mundo inteiro, recebeu dos apóstolos e dos seus discípulos a fé num só Deus, Pai e onipotente, que fez o céu e a terra, os mares, e tudo quanto nele existe e num só Cristo, Filho de Deus, que se fez carne para a nossa salvação; e no Espírito Santo, que mediane os profetas predisse a salvação por meio do amado Jesus Cristo nosso Senhor, a sua dupla vinda, o seu nascimento da Virgem, a sua paixão e ressurreição dentre os mortos, e que diante dele todo joelho se dobrará no céu, na terra e nos infernos, e toda língua o proclame (Fl 2, 10-11). Então, sobre todos os seres, pronunciará o seu justo julgamento. As almas dos maus, os anjos prevaricadores e apóstatas, precipitá-los-á no fogo eterno com os homens pecadores, injustos, iníquos e blasfemadores. Os justos, porém, os santos, aqueles que guardaram os seus mandamentos e perseveraram no seu amor, ...receberão dele a vida, terão dele a imortalidade e gozarão da glória eterna. Esta é a doutrina que a Igreja recebeu; e esta é a fé, que mesmo dispersa no mundo inteiro, a Igreja guarda com zelo e cuidado, como se tivesse a sua sede numa única casa. E todos são unânimes em crer nela, como se ela tivesse uma só alma e um só coração. Esta fé ela anuncia, ensina, transmite como se falasse uma só língua. As línguas faladas no mundo são diversas, mas a força da tradição, em toda parte, é a mesma. As igreja fundadas na Alemanha não tem outra fé e outra tradição. Diga-se o mesmo das igrejas fundadas na Espanha, entre os celtas, no Oriente, no Egito, na Líbia ou no centro do mundo, que é a Palestina. Da mesma forma que o Sol, criatura de Deus, é um só e é idêntico em todo o mundo, assim também o ensino da verdade, que brilha em toda parte e ilumina a todos os homens, que querem chegar ao conhecimento da verdade (cf. 1Tm 3, 15), é sempre o mesmo.” (Adv. Haer. 1,9) 

São Cirilo de Jerusalém (315-386)

“Este símbolo da fé não foi elaborado segundo as opiniões humanas, mas da Escritura inteira recolheu-se o que existe de mais importante, para dar, na sua totalidade, a única doutrina da fé. E assim como a semente de mostarda contém em um pequeníssimo grão um grande número de ramos, da mesma forma este resumo da fé encerra em algumas palavras todo o conhecimento da verdadeira piedade contida no Antigo e no Novo Testamento “(Catech. ill.5,12) Santo Ambrósio (340-397), bispo de Milão e doutor da Igreja: “Este Símbolo é o selo espiritual, a meditação do nosso coração e guardião sempre presente; ele é, seguramente, o tesouro da nossa alma.” (Symb.1) “Ele é o Símbolo guardado pela Igreja Romana, aquela onde Pedro, o primeiro dos Apóstolos, teve a sua Sé e para onde ele trouxe a comum expressão da fé” (Sententia Comunis). (Symb. 7)

São Gregório de Nazianzo (330-379, o Teólogo):

“Antes de todas as coisas conservai-me este bom depósito, pelo qual vivo e combato, com o qual quero morrer, que me faz suportar todos os males e desprezar todos os prazeres: refiro-me à profissão de fé no Pai, no Filho e no Espírito Santo. Eu vo-la confio hoje. É por ela que daqui a pouco vou mergulhar-vos na água e vos tirar dela. Eu vo-la dou como companheira e dona de vossa vida. Dou-vos uma só Divindade e Poder, que existe Una nos Três, e que contém os Três de uma maneira distinta. Divindade sem diferença de substância ou de natureza, sem grau superior que eleve ou grau inferior que rebaixe... A infinita conaturalidade é de três infinitos. Cada um considerado em sí mesmo é Deus todo inteiro... Deus os Três considerados juntos. Nem comecei a pensar na Unidade, e a Trindade me banha no seu esplendor. Nem comecei a pensar na Trindade, e a unidade toma conta de mim” (Or. 40,41).

Símbolo Quicumque – de Santo Atanásio de Alexandria: (295-373):

“A fé católica é esta: que veneremos o único Deus na Trindade, e a Trindade na unidade, não confundindo as pessoas, nem separando a substância: pois uma é a Pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo; mas uma só é a divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, igual a glória, co-eterna a majestade.” 

Tertuliando (†220), bispo de Cartago

“A regra de fé – pois é preciso conhecermos desde logo o que professamos – consiste em crer: não há senão um Deus, o criador do mundo, que tirou o universo do nada por meio de seu Verbo, emitido antes de todas as coisas; esse Verbo chamado seu Filho, apareceu em nome de Deus e sob diversas figuras aos patriarcas, se fez ouvir pelos profetas e enfim desceu, pelo Espírito e poder de Deus, ao seio da Virgem Maria, onde se fez carne, passando a viver como Jesus Cristo; em seguida pregou a Nova Lei e a nova promessa do reino dos céus; fez milagres, foi crucificado, ressuscitou ao terceiro dia, foi elevado aos céus e se assentou à direita do Pai; enviou em seu lugar a força do Espírito Santo para guiar os fiéis; virá um dia em glória para levar os santos e dar´lhes o gozo da vida eterna e das promessas celestes, bem como para condenar os profanos ao fogo perpétuo, após a ressurreição de uns e de outros na ressurreição da carne. Tal é a regra que Cristo estabeleceu, como demonstraremos, e que não há de suscitar entre nós quaisquer questões senão as provenientes das heresias e formuladas pelos hereges. Contudo, desde que se mantenha inalterado o conteúdo, podeis pesquisar e discutir quanto quiserdes, dando azo à curiosidade, se algum ponto vos parecer ambíguo ou obscuro... Em suma, é melhor ignorar o que não é preciso saber, se se conhece o que se deve.” 

São Basílio, o Grande (329-379): 

“Nós cremos , pois, e confessamos nossa fé no único Deus verdadeiro e bom, Pai todo-poderoso, criador de todas as coisas, Deus e Pai de nosso Deus e Senhor Jesus Cristo; no único Filho do Pai, nosso Deus e Senhor Jesus Cristo; único verdadeiro, por quem tudo foi feito, tanto as coisas visíveis como as invisíveis, e em quem tudo subsiste; que estava no princípio junto de Deus e era Deus, e em seguida, conforme as Escrituras, apareceu sobre a terra e habitou com os homens, que sendo de condição divina não reteve avidamente a sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo, por seu nascimento da Virgem, a condição de escravo e manifestando-se sob o aspecto de homem, quando então cumpria, segundo a ordem do Pai, tudo o que estava escrito dele e sobre ele, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz; ressuscitando dentre os mortos ao terceiro dia, conforme as Escrituras; mostrou-se aos santos Apóstolos e a outros, como está escrito; subiu aos céus e está assentado à direita do Pai, de onde voltará, no fim dos tempos, para ressuscitar todos os homens e dar a cada um a retribuição dos seus atos, indo os justos para a vida eterna e o Reino celeste, enquanto os pecadores serão condenados ao eterno castigo, lá onde o verme não morre e o fogo não se extingue (Mc 9,44).

Creio igualmente no único Espírito Santo, o Paráclito, cujo selo recebemos para o dia da Redenção (Ef 4, 30); Espírito de Verdade, Espírito de adoção, o qual clamamos Abbá , Pai (Rom 8,15), que distribui e opera o dom de Deus em cada um conforme convém (1Cor 12,7), conforme lhe apraz (idem), que ensina e sugere tudo que ouviu do Filho (Jo 14,26); que é bom, guiando cada um em toda a verdade e fortificando os fiéis na fé segura, na confissão exata, no culto santo e na adoração em espírito e verdade (Jo 4, 24)...

O nome dado a cada um indica um atributo que lhe é próprio ... O Pai existe em seu caráter próprio de Pai, o Filho em seu caráter próprio de Filho e o Espírito Santo em seu caráter pessoal, mas nem o Espírito Santo fala por si mesmo (Jo 16, 13), nem o Filho faz algo por si mesmo (Jo 8, 28); o Pai enviou o Filho (Jo 17, 21), e o Filho enviou o Espírito Santo (Jo 16,7)... (Profissão de Fé, PG 31, 675-692).

Mais: Los Padres de la Iglesia comentan el Credo

 

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